domingo, 18 de julho de 2010

Chega uma hora da madrugada que o seu chá começa a ficar frio, seus ombros caídos e a cabeça devagar. Você começa a lembrar, repassar, reviver e inventar. Começa a chorar, a sorrir, a se apaixonar, a sofrer por águas passadas, uma vida que já foi.
Por mais miserável que o passado possa parecer, você ainda o inveja, simplesmente por ser o passado. Se fosse futuro, seria indiferente, presente, vivente. Mas não. É passado. Passou e não volta nunca mais.
Ai você começa a se desesperar. Bate a agonia, a nostalgia, as lágrimas descem como a nascente de um rio - cristalinas e puras. Depois passa. Vira passado também. Chega a hora em que a dor pausa no tempo como se houvesse alguém controlando-a por um controle remoto universal daqueles bem baratos comprados no camelô do centro do Rio.
Então Deus entra na conversa. Por que, ó, por que? Deixe o coitado fumar seus cigarros na esquina gelada em paz, ele não é causador dos seus problemas. Deixe-no, se algum dia calhar dele vir até você, que virá.
Os olhos se voltam ao relógio: são 04:08. Rondam a sala em busca de algo sem discrição, sem imagem e sem existência. Mas tudo que encontram é o velho chá frio, almofadas amassadas, o telefone que nunca tocou e um vazio. Um vazio de nada especifíco. Só o vazio mesmo.
Talvez esse vazio seja a solucão. Ou talvez eu só esteja com sono.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Adeus

Vou sentir sua falta.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

SER

No afago dos teus braços
encontrei um ponto raso.
Não me digas que vai embora
que nada mais farei além de admirar a aurora.

Não corro, não grito, não peço por socorro.
Não ligo, não procuro.
Desmorono por dentro
quando sinto teu cheiro ao vento.

Ficas! Ficas e escutas...
Escutas meu coração bater,
escutas a brisa de minha respiração contra a tua.
Me digas que não sou tão ingênua,
que te direi que mentes.

Sou! Sou e sou.
O ser é, o não ser não é.
Esse gosto de sofrimento nada mais é
do que herança da maresia em meu pé...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Our Window

Well it's four in the morning,
things are getting heavy,
and we both know that it's over, but we both are not ready
and you're talking like a stranger
so I don't know what to do
and I'm callous and I'm cruel, to everyone but you

And the stars shining through our window
and the stars shining through our window
and it's been awhile since I stared at the stars
yeah, it's been awhile, since I stared at the stars

Spring can be the cruelest of months
but bringing in your life
yeah we're promising so much
like the pledge that you gave when you said that you'd always love me
but we both know by autumn you're like the color of leaves

And the stars shining through our window
and the stars shining through our window
and it's been awhile since I stared at the stars
yeah it's been awhile since I stared at the stars

Well I don't think that it's the end
but I know we can't keep going
Well I don't think that it's the end
but I know we can't keep going

cause blue skies are coming but I know that it's hard

Habitat Natural

Mal se ligava,
que por quem chorava
já não mais habitava.

Ente Querido

Aparentemente era inerente
essa tua mente tão doente.

Confrontou a minha indiretamente
e deixou uma dor;
uma dor permenente.

Adeus

Mil sussurros em meus ouvidos
dizem-me que teu coração enegrizou.

Chorou o amor daquele que um dia foi.
Saiu de mansinho, foi abrigar-se em terras invisíveis.

Deixou aqui a dor e o novo você.
Você,
que agora nada vê.