quarta-feira, 28 de abril de 2010

SER

No afago dos teus braços
encontrei um ponto raso.
Não me digas que vai embora
que nada mais farei além de admirar a aurora.

Não corro, não grito, não peço por socorro.
Não ligo, não procuro.
Desmorono por dentro
quando sinto teu cheiro ao vento.

Ficas! Ficas e escutas...
Escutas meu coração bater,
escutas a brisa de minha respiração contra a tua.
Me digas que não sou tão ingênua,
que te direi que mentes.

Sou! Sou e sou.
O ser é, o não ser não é.
Esse gosto de sofrimento nada mais é
do que herança da maresia em meu pé...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Our Window

Well it's four in the morning,
things are getting heavy,
and we both know that it's over, but we both are not ready
and you're talking like a stranger
so I don't know what to do
and I'm callous and I'm cruel, to everyone but you

And the stars shining through our window
and the stars shining through our window
and it's been awhile since I stared at the stars
yeah, it's been awhile, since I stared at the stars

Spring can be the cruelest of months
but bringing in your life
yeah we're promising so much
like the pledge that you gave when you said that you'd always love me
but we both know by autumn you're like the color of leaves

And the stars shining through our window
and the stars shining through our window
and it's been awhile since I stared at the stars
yeah it's been awhile since I stared at the stars

Well I don't think that it's the end
but I know we can't keep going
Well I don't think that it's the end
but I know we can't keep going

cause blue skies are coming but I know that it's hard

Habitat Natural

Mal se ligava,
que por quem chorava
já não mais habitava.

Ente Querido

Aparentemente era inerente
essa tua mente tão doente.

Confrontou a minha indiretamente
e deixou uma dor;
uma dor permenente.

Adeus

Mil sussurros em meus ouvidos
dizem-me que teu coração enegrizou.

Chorou o amor daquele que um dia foi.
Saiu de mansinho, foi abrigar-se em terras invisíveis.

Deixou aqui a dor e o novo você.
Você,
que agora nada vê.

Alagou

E chorou o coração,
daquela que um dia
foi pura paixão.

domingo, 4 de abril de 2010

Tu nem sabes mesmo

Fiz um poema pra ti, não lestes?
Ou pra mim, quem sabe.
Com a sutileza da angústia,
ele sabe o que é verdade.

Nada que me impeça
de um dia produzir raios de sol.

Corre!
Corre que a noite vem!
te amassa e te rabisca.

Que nada;
isso é só a culpa mesmo.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Suplico ao estável

Me perco
Me encontro
Me perco
Me encontro
Me vejo
Sumo
Apareço
Fumo
Minha vida
Eu
Você
Deus
Como a plantação
Que substituida é
A cada estação.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

incrível como nunca posto quando a felicidade (brevemente) bate.

Tão belo quanto a morte

Essa miséria que me consome, com os olhos ainda molhados da dor que me transborda e se derrama pelo chão. Esse quarto que me engole, as paredes a cada segundo menores e o ar cada vez mais pesado. O buraco aberto no meu peito queima, queima e arde. Queima como sal na ferida, transporta minha mente ao breu e meu corpo ao chão. Aperta, torce, contorce, morre. Morre a alma que pensava ser possível a vida, os lábios que uma vez pertenceram ao lugar certo, as pernas que achavam que podiam voar. Morre a essência de continuar, não pelo medo, mas pela verdade. Morre uma das melhores atrizes que já existiram: aquela que podia sorrir até mesmo quando seu coração explodia dentro de si, sua mente apertava e tudo que ela queria era correr para lugar nenhum. De lá, quem sabe, ela voltaria (quase) curada. E agora não é questão de querer. Porque querer não é poder. Não querer é poder. Não é culpa dela. Nunca vai ser. Por isso machuca tanto.